

Caminhos do Mar sobre uma motocicleta
Com a autorização do Horto Florestal, responsável pelo Parque Caminhos do Mar, foi possível percorrer a Estrada Velha de Santos com a motocicleta, registrando um olhar e a vivencia de percorrer o mesmo caminho, estar nos mesmos lugares onde muito de nossos antepassados estiveram contribuindo com nossa história e memorias.
Assista ao vídeo

Poema "do porto ao planalto, o choque", da poeta Dalila Teles Veras, interpretado por Mauricio Mascarenhas. Imagens de Maura de Andrade, edição de Mauricio Mascarenhas.
do porto ao planalto, o choque
Se vens a uma terra estranha / curva-te
Orides Fontela
íngremes e largos
os longos caminhos
vindos do mar (os mesmos
já outros) rumo ao
planalto - a terra nova
(estranheza)
destino incerto e final
galgada a serra
(o mar fora da vista)
a metrópole
(o mar apenas lembrança)
velocidade e vertigem
(o concreto como horizonte)
desaprender
(premência menina)
para aprender a
(o preço da aceitação)
curvar-se
(cidadania inaugural)
Poema de Dalila Teles Veras
Caminhos do Mar
A região do “Polo Ecoturístico Caminhos do Mar”, possui uma série de características e atrativos que o coloca como um dos mais importantes polos turísticos do estado de São Paulo.
A beleza da região, enriquecida pelo patrimônio histórico, associada à biodiversidade da mata atlântica, dos rios, das quedas d’água, da flora, da fauna e de áreas protegidas em ótimo estado de conservação, colaboram para o aproveitamento ecológico e consciente do espaço.
Também conhecida por Estrada Velha do Mar, Estrada Velha de Santos e Estrada da Maioridade, que recebeu essa denominação em alusão à emancipação de D. Pedro II. Sobre o leito dessa estrada foi construído, em 1917, o Caminho do Mar, obra que recebeu a primeira pavimentação em concreto da América Latina, possibilitando o tráfego de automóveis, ônibus e caminhões entre São Paulo e Santos.
Fechada para veículos em 1985, tornou-se destino turístico para passeios a pé e cerca de vinte anos depois, esteve em manutenção entre 2011 e fim de 2013, por conta de deslizamentos de terra. Foi necessário uma autorização especial do órgão responsável pelo parque, o Instituto Florestal, para podermos fazer o caminho sobre a motocicleta.
O percurso é marcado por monumentos históricos, fauna e flora local, belezas naturais e mirantes com vistas exuberantes da baixada santista e também da Usina Hidrelétrica de Henry Borden.
Sobre a história dos caminhos que existiram entre o litoral e o planalto pode ser encontrado na página -http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0102a.htm
FICHA TÉCNICA
Nome: POLO ECOTURÍSTICO CAMINHOS DO MAR
Municípios abrangidos: São Bernardo do Campo e Cubatão
Sentidos: São Bernardo – Cubatão / Cubatão – São Bernardo
Distância do percurso: 16 quilômetros (ida e volta)
Funcionamento: terça a domingo
Horário: ENTRADA às 9 horas (tolerância de entrada até às 9h30) e SAÍDA nos portais até as 16 horas.
Agendamento de visita (obrigatório): Pelo telefone (11) 2997-5026.
Atrativos do percurso são os monumentos construídos para celebração do centenário da Independência do Brasil em 1922, pelo então governador de São Paulo Washington Luis.
Pouso Paranapiacaba - Quilômetro 44 - Traduzido da língua tupi, "Paranapiacaba" quer dizer "Lugar do qual se vê o mar" (paranã, mar + epîaka + aba, lugar).[4] Em dias limpos e sem neblina (situação difícil de se encontrar na serra), realmente dá para se ver o mar, bem longe. Fica bem no alto da serra antes de começar as grandes curvas, mas já na descida da serra.
Belvedere Circular e Calçada do Lorena - Quilômetro 46 - Marca o primeiro encontro da Calçada do Lorena com a estrada, que ao todo são 3 encontros. A Calçada do Lorena foi uma estrada construída em 1789 para ligar o litoral à capital paulista e utilizada por D. Pedro I para ir de Santos às margens do rio Ipiranga proclamar a Independência do Brasil em 7 de setembro de 1822. O Belvedere Circular realmente apresenta uma forma circular. A Calçada do Lorena normalmente é usada a partir deste ponto em excursões para o pólo eco turístico, que se faz a pé, sendo que os turistas entram pela calçada neste ponto e saem no próximo encontro com a estrada.
Rancho da Maioridade - Quilômetro 47 - Feito para servir de descanso aos turistas, assim como o Pouso Paranapiacaba, ganhou esta nome em homenagem à Estrada da Maioridade. Neste ponto, também havia uma bica para pôr água nos radiadores e para as pessoas beberem.
Padrão do Lorena - Quilômetro 47,2 - Marca o terceiro e último encontro entre a calçada e a estrada. Tem o nome em homenagem à Bernardo José Maria de Lorena, governador da capitania de São Paulo, que mandou construir a calçada, que ganhou o seu nome. O trecho em frente a esse monumento foi preservado com macadame, isto é, macadamizado. É o único trecho da estrada com esta condição. Depois do padrão, há um longo trecho sem nenhum monumento.
Pontilhão da Raiz da Serra - Quilômetro 52 - O último monumento, já na planície, após o fim da serra. Foi construído junto com o fim da pavimentação com asfalto da estrada, com o propósito de homenageá-la. Não é de fato uma ponte, mas somente as "paredes" da ponte fincada no chão. Antes, passava, por ali, um rio, desviado para a construção da refinaria em Cubatão. Além desses monumentos, durante a estrada toda é possível encontrar mirantes.
Cruzeiro Quinhentista e Monumento do Pico não foram apresentados a nós

em Cubatão



































preparando-se para caminhar pela Calçada do Lorena



